terça-feira, 19 de agosto de 2008

ELE, ELA E A ESPOSA

Ela gostava do jeito que ele comia o petisco no bar, esta foi a primeira vez em que os olhos se cruzaram. Ele totalmente grosseiro, bebendo cerveja e conversando, adorava no olhar a doçura e o tom angelical que aqueles lindos olhos verdes mostravam. E assim eles se falaram, primeiro com olhares, depois os gestos e por fim a voz. Ela com aquela voz suave e ele grave. Os dois sairam daquele bar abraçados, sorrindo e, sem pensar, foram ao primeiro motel que encontraram.
Dentro do quarto ele tinha a submissão dela e ela o tinha como um grosseiro, era tudo o que precisavam para completar um ao outro. Só não precisavam do celular dele que tocou e do outro lado da linha a esposa. Ela reclamou, ele pediu silêncio, a esposa brigou e o completar se despedaçou assim como a vida dela ao atingir o chão após ser atirada do terceiro andar.

sábado, 16 de agosto de 2008

CONFUSÕES

Ele corria como um louco, no meio da rua, sob o Sol castigador, sem rumo desviava dos carros que faziam um grande esforço para evitar a tragédia que já estava premeditada. Naquela mente, as confusões da vida agitada e ao mesmo tempo sem graça, misturavam-se e ainda mais confusas se tornavam.
"Sem rumo, sem futuro" este era o único pensamento linear.
E na curva, perto mesmo de casa, ele parou no meio da rua e a tragédia antes evitada, foi obrigada a se realizar, deixando sobrar apenas o corpo no chão sem as confusões.

sábado, 9 de agosto de 2008

PALAVRAS E POESIA

E a cada palavra tua
te tornavas ainda mais nua
pele alva banhada pela lua

E a cada verdade crua
a brisa fria corria a rua
em um minuto findou-se a busca

E a cada verso torto
um novo poeta morto
pela paixão de um jogo