domingo, 2 de agosto de 2009

Por muitas vezes paro e penso em tudo o que acontece no mundo e qual o meu papel em meio a toda esta confusão. No dia-a-dia percebo que muitas pessoas têm a força dentro de si e acho isto realmente muito bonito, estas mesmas pessoas conseguem transformar o sonho, a ilusão, o impossível, o incrível em algo totalmente normal, crível e lindo - quase um poema. Percebo, claro que não deixaria de o fazer, nas pessoas que não têm esta força, não buscam evoluir, preferem permanecer ali, quietos e intocáveis por estar em total anonimato. São estas pessoas que vivem sonhos somente dentro de seus próprios quartos e vão manter estes sonhos como impossíveis e irreais, vão se conformar em abaixar a cabeça e seguir como gados.
Com tudo isto que observo, fico a pensar onde me encaixo. E talvez eu esteja entre os dois grupos. Equilíbrio? Não, nenhum equilíbrio. Tenho a força de vontade e corro atrás de meus objetivos, tomo qualquer coisa como crível, tudo é e sempre será real, mas ao mesmo tempo não tenho a força de mudar em certas situações. Isto começou a afetar minha saúde e minha moral, tocou minha honra de um homem que deve se portar como tal. Portanto, dedico este texto e este dia à minha mudança e a tudo de bom que estou certo de vir.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

ELA

E em minha distração
mergulhei em tal sorriso
me afoguei naqueles fios
tão dourados quanto meu Sol

E me deixei, me encontrei em meio a palavras
sabendo que muitas delas são chatas
tentando um telefonema sem marcas
sendo um gavião sem asas

E me inspirei, no belo olhar de tal menina
no distrair de uma nova vida
nos olhos que, de longe, vejo em neblina
no rosto que me faz encantar

sábado, 25 de abril de 2009

SENDO ASSIM

Sendo assim,
Eu esperei pelas palavras tuas,
Eu doei minha alma nua,
Eu inventei minha mentira crua,
Eu me esqueci da vida dura,
Eu me perdi por tuas ruas

Sendo assim,
Eu me deixei entregar
Eu me vendi em um pechinchar,
Eu esqueci de me olhar,
Eu me lembrei de acreditar
Eu acreditei nas mentiras que quis falar

Sendo assim,
Nada terá como mudar
Continuo, arduamente, neste amar
Calado, sofrido, afogado em um mar
Isolado, cansado de tentar gritar
Teu nome ao léu, ao luar
E não consegui, no fim, te escutar

sábado, 28 de março de 2009

NÃO SEI MAIS

Não sei mais o que penso

Não sei mais o que falo

tenho medo que as palavras

tenham se esgotado

tenho medo que a inspiração

tenha, enfim, se findado


Não sei mais o que olho

não sei mais o que vejo

tenho medo de me perder

nos teus gracejos

tenho medo de me achar

onde, realmente, não devo


Não sei mais o que sinto

não sei mais o que vivo

tenho medo de amar

rumo ao infinito

tenho medo de me dar

e não ser recebido

domingo, 22 de março de 2009

CICLO

Amanhece o dia
mais uma agonia
da espera fria
que cisma não findar

E ao entardecer
a esperança de se fazer
um céu diferente,
a alegria do ser

Enfim, o anoitecer
e sozinho tenho com a lua
em um fervor de perder você
o tremor de não mais te ver

segunda-feira, 16 de março de 2009

VAIDADE QUE SATISFAZ

O que pensar
se não é mais
o mesmo amar?
Se não se desfaz
o que se fez sonhar?
Se não se distrai
com outro olhar?
Se o que satisfaz
não é um brincar?
Pois o verdadeiro amor
não morre em palavras
nem se enterra a em saudades
e não há leviandade
que supere a verdade
do peito que dói
mas se esconde por vaidade

sábado, 14 de março de 2009

SÓ O QUE EU QUERIA

Queria poder ver o Sol nascer
ao teu lado, acordar e te ver
ouvindo aquela mesma música
diversas vezes, diversas vezes

Queria poder me sentir leve
como na manhã passada
tomar um banho lembrando você
sem preocupação, sem preocupação

Queria poder sentar à mesa
olhar para teu sorriso,
servir-me de teus olhos
e jantar, jantar...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

TENTATIVAS

Tento ver, saber, sentir

Enxergar além de ti

Tento perceber a mim

Tento encontra, enfim,

Um pretexto para te ver

Um afago para receber

Um beijo teu pra me entorpecer

Deste amor impossível de esquecer

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

NÃO HÁ

Não há verdades nem mentiras
não há um sonho que não tenha vida
não há um olho seco em uma despedida
não há no amor uma medida
não há entrega sem ferida

Não há um sorriso sem piada
não há uma fantasia sem nada
não há uma paixão sem graça
não há uma criança sem bala
não há carnaval sem máscara

Não há viagem de trem sem chacoalhar
não há esperança se não se sonhar
não há felicidade sem arriscar
não há brincadeira sem um par
não há sentido no meu dia, se não te amar.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O CAPIRA NA ESTRADA

Queria ser que nem o sinhô
assim, um grande dotô
ah, má reu num ia devagá com o andô
nem vivê assim, debaixo dos pé do patrão
ia sair pelo mundo, ia encontrá os irmão
dispois quem sabe vortá pro colo da muié
ganhá aquele carinho de sardade, uns cafuné
sentí o apertá daquelas mão e os labio de mér
enroscá naquele corpão, quem num gosta, num é?
má to eu aqui nessa estrada, dando uma pitada
a muié tá no riacho lavando as ropa, coitada
mais tarde eu pego aquele caminhozinho ali e vô pra casa
e nessa noite, vai ter forrozada
vou dançá até caí e bebê uma cachaça
e depois ainda tê pique pra fazê a muié sorri
poquê senão, dotô, lá veim gaiada.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A LUA

Esta noite estava escura

Olhei para o céu buscando minha Lua

Fiquei, então, muito surpreso

Pois a Lua que me deseja por inteiro,

Entregou-se apenas pela metade...

Enchi-me, então, de coragem

E esvaziei minhas verdades

Ditas ao vento que levaria minhas saudades

Para um mundo de todas as idades

“Oh Lua, minha beldade,

Por que me tratas com tanta maldade?

Se meu amor por ti é de verdade

Não me deixes aqui sem tua luz

Não me digas que não me seduz

Sabes que és o que mais me importa

Então sejas minha por inteira, não pela metade”

De repente o céu se iluminou

E a lua sobre mim despejou

Sua luz, seu coração, seu amor

Enchendo-me de saudade e calor

E Morpheus, enfim, me deixou

Preso à luz dela, que sempre me apaixonou

domingo, 15 de fevereiro de 2009

UM DIA DEPOIS

Mas assim estou eu aqui hoje
antecipando a dor do amanhã
remoendo as lembranças da noite anterior
caíndo em prantos por não te ter, oh dor!
inventando uma desculpa para ouvir tua voz
até o momento em que não mais puder

Tento uma nova vida, mas impossível é
engano-me ao travesseiro, queria aqui você
amanheço sem rumo, sem nexo
meus minutos passam como horas, sem fim
obrigo-me a rogar para um deus que não conheço

sábado, 14 de fevereiro de 2009

HOJE

Hoje eu me sinto estúpido
e me pergunto por quê?
Hoje me sinto sozinho
nesta noite triste sem você
até mesmo a Lua se escondeu
ao perceber o quanto sofreu
o coração daquele andarilho
até mesmo o céu se comoveu
quando a lágrima, no rosto escorreu
e o andarilho em um banheiro se escondeu

Hoje me sinto cheio
de um espaço inteiro
hoje cometo devaneios
por ainda sentir teu cheiro
e o andarilho continua à porta
rogando por um copo de água
aquela água suja, tóxica
para uma vida limpa e torta

Hoje eu abro um sorriso
tão sem graça, sem sentido
hoje me fecho para tudo isso
e finjo estar pulando em um precipício
e o andarilho permanece a me olhar
não acreditando, mas rogando para eu pular
e finalmente deixar, com ele, este poema escrito à beira-mar.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O QUE HÁ?

Não há verdade, não há razão
não há imagem de um coração
não há mentira, nem ilusão
não há mais calor no verão

Não conheço a vida, não sei de nada
tudo aqui é uma piada
e a verdade serve para cada
aventura inusitada

Os dias passam sem contar
te amo ainda mais, sem notar
e noto, então, o prazer de te amar
na dor que não há de cessar

Não saberia como dizer
que a cada dia mais, amo você
e vou me perdendo em meu próprio ser
te esperando para poder crescer

sábado, 7 de fevereiro de 2009

CONTRAMÃO

Mesmo assim na contramão
nós nos amamos, é paixão
desejos sem sentido algum
nos tornando somente um
desafiamos a razão
e entregamos-nos ao amor então
tudo surgiu Como um tufão
do qual não me arrependo não
o teu sorriso, o teu olhar
sim, sobre isso volto a falar
e por mil vezes vou repetir
enquanto eu estiver aqui
te adoro sem poder pesar
o tempo para isto acabar
a cada dia ouso em insistir
um novo beijo poder sentir
sei que isto vai um pouco mais
pq nosso amor nos satisfaz

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

SÓ VOCÊ, POR QUÊ?

pq tens o sorriso tão bonito?
pq tens o dom de me conquistar?
pq não sei de ti escapar?
pq não sei sorrir e para o céu olhar
e, então, um pouco do calor alcançar
pq só consigo em ti o amor buscar?
pq meu prazer estar em te amar?
mesmo que ao sofrer, consiga me suicidar
pq só em teu colo consigo meu frio acalentar?
Pq? Pq? Pq? Pq só você?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A BRISA DO AMOR

Se a brisa do amor
Não pode te tocar com ardor
Entenderei e guardarei
então, o teu calor
para estar comigo onde eu for
e sem o menor pudor
gritarei ao mundo todo
o quanto é grande este amor

Não vou me esquecer
das noites e dias com você
Não dá pra aceitar, nem entender
que minhas noites são sem te ter
e esta loucura me fez crescer
num frio insólito de viver
e a cada manhã, não saber
o motivo de levantar e de um encontro sem temer

Sempre vou me lembrar
de teu sorriso em nosso amar
da sensação to teu olhar
do toque seu em me ninar
do coloteu a me afagar
de tuas lágrimas, para eu enxugar
desta paixão/amor que me fez mudar

domingo, 1 de fevereiro de 2009

VOCÊ

Perceber, distinguir
não te olhar, mentir
inventar, insistir
olhar discreto, sorrir
sua insegurança,
minha insensatez,
sua indiferença,
minha lucidez.
Quem sabe um sim,
um não talvez,
o jogo do amor
não é como xadrez
não se movem peças
não se age com pressa
não se condiciona,
o limite não interessa.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

VIDA AMBULANTE

Penso em tudo que passou
finjo nao estar sentindo
engano meus sentimentos comigo
traio minha confianca, minto
fujo da verdade, do fim de tudo
me visto com um lencol do absurdo
mas nao entendo nada, cada vez menos
te amo e assim mesmo me entrego
ao desconhecido da vida ambulante